Quando eu me for deste planeta,

Abandonando quem você acha que fui

Mas que em nenhum momento disse ser

Pois apenas estava, não era,

Fique feliz.

Não me procure numa sepultura,

E nem chore para sempre por isso.

Não chore nunca por isso.

Eu não estou lá. Eu nunca estarei lá.

Eu estarei nos ventos que se fundem,

Na chuva dos dias de março

Nas folhas que da arvore caem

Na luz do sol que aquece a grama verde orvalhada

E quando você acordar, você me sentirá

Na brisa da manhã que tímida se inicia,

No vôo do pássaro liberto que grita

No pulsar da luz matutina

E a sensação da presença da vida, em tudo

Te fará lembrar dos momentos que juntos vivemos.

Mas não quero que chores por isso,

Quero que sorrias e sinta o amor que está em tudo,

E que te envolve sem cessar.

Sinta o entardecer da vida,

onde o sol se despede, feliz por mais uma jornada,

e a lua chega ainda tímida,

sinalizando que ali eu estou.

E quando olhares para as estrelas pregadas

Naquele céu aveludado e macio

Perceba que também ali estou, brilhando por ti

E vibrando pela felicidade do mundo.

E olhe a todas estrelas do céu,

Que não passam de amor que cintila,

E perceba que esse amor também te envolve

E te remete para nossos momentos bons.

Então, meu amor, quando eu me for

Não esteja em minha sepultura e não grite por mim

para sempre.

Eu não estou lá.

Eu não morri.

Eu apenas me uni ao amor do Criador

E lá estarei até que ele me escolha

Para uma nova jornada