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>> Colunistas > Fernando Golfar A Dificil arte de Ser o que se é Publicado em: 20 de junho de 2007, 18:29:54 - Lido 2388 vez(es) As vezes me pergunto: Porque é tão difícil sermos simples, essenciais, primitivos no sentido da pureza existencial? Muitas vezes acreditamos que ser simples é apenas agir com sinceridade, não enganando de forma e maneira alguma aqueles que em nosso caminho passam. Mas para sermos simples, devemos ser autênticos, pois afinal, somos seres únicos e jamais encontraremos algum ser igual a nós. Mas é o que a todo momento buscamos nos outros: Seres iguais a nós. A diferença nos outros nos incomoda. Para que sejamos autênticos devemos agir com sinceridade e pureza; é ter que agir com naturalidade, ter coragem de se expor, de mostrar fragilidade em determinados momentos e situações. É ter a coragem de chorar, e muitas vezes falar coisas que nosso coração sente. É despir de todos os preconceitos a Alma, deixando que as máscaras que sempre utilizamos caiam por terra, doa a quem doer. É destruir o que durante vidas viemos construindo, achando que as muralhas que nos cercam são as que vão nos proteger dos nossos maiores inimigos. E quando nos vemos cercados por altas e fortes muralhas, concluímos que nosso maior inimigo está dentro de nós, mais protegido que cada um de nós. E de nada adianta empunhar poderosas armas de destruição, uma vez que o que devemos destruir é aquilo que acreditamos ser, para que a liberdade do espírito se faça presente, e voe liberta. Preferimos prender nos nós da garganta as palavras que muitas vezes deveriam ser ditas, mas nos curvamos diante de nossa mediocridade evolucional e as engolimos. Preferimos esconder as lágrimas que brotam do mais intimo do nosso sentimento, para que nos vejam como fortes, indestrutíveis, infalíveis. E ao mesmo tempo preferimos buscar respostas imediatas a ter que refletir sobre determinadas coisas, só pra mostrar que sabemos, mesmo que superficialmente. Buscamos ter idéias formadas sobre tudo, mesmo que de forma rasa e sem qualquer tipo de embasamento. E assim vamos nos transformando naquilo que não somos, nos afundando em falsas palavras, atitudes e sentimentos. Mas isso causa aos outros uma sensação de sempre estarmos senhores da situação. Não que sejamos mentirosos, mas chegamos com a repetição desse tipo de atitude a uma situação em que já nos encontramos perdidos daquilo que realmente somos, e as nossas falsas atitudes passam a ser a nossa verdade, a ponto de esquecermos quem realmente somos, perdendo nossa essência. E com o passar do tempo, nos distanciamos de nós mesmos, e um vazio frio e úmido passa a nos envolver, e nossos dias se tornam tristes, e nossas amizades vazias, pois nós nos enterramos em falsidades conceituais para parecer agradáveis aos outros, esquecendo de nossa verdadeira essência: O Amor. E daí não adianta ficar chorando baixinho, sentindo saudade de nós mesmos, de nossa essência divina. Sejamos nós mesmos, autênticos e firmes em nossos objetivos. Certamente muitos se afastarão de nós, pois não seremos mais convenientes para eles; Mas outros tantos se aproximação, pois verão que somos simples, sinceros, e nossa essência divina irá brilhar, pois que seremos aquilo que realmente sempre fomos: Puro Amor. 22/11/2005 -- Fernando Golfar
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