21 de novembro de 2024
                 
     
                         
Lázaro Freire, Acid0 e Lobão na MTV: Daime é droga ou religião?
Psicanálise Transdisciplinar em SP com Lázaro Freire
Seja um colaborador ativo da Voadores!
Cursos e palestras da Voadores em sua cidade
Mensagem de Wagner Borges
Mais novidades

 
  

Colunas

>> Colunistas > Fernando Golfar

A Dificil arte de Ser o que se é
Publicado em: 20 de junho de 2007, 18:29:54  -  Lido 2388 vez(es)



As vezes me pergunto: Porque é tão difícil sermos simples, essenciais, primitivos no sentido da pureza existencial?

Muitas vezes acreditamos que ser simples é apenas agir com sinceridade, não enganando de forma e maneira alguma aqueles que em nosso caminho passam.

Mas para sermos simples, devemos ser autênticos, pois afinal, somos seres únicos e jamais encontraremos algum ser igual a nós. Mas é o que a todo momento buscamos nos outros: Seres iguais a nós. A diferença nos outros nos incomoda.

Para que sejamos autênticos devemos agir com sinceridade e pureza; é ter que agir com naturalidade, ter coragem de se expor, de mostrar fragilidade em determinados momentos e situações. É ter a coragem de chorar, e muitas vezes falar coisas que nosso coração sente. É despir de todos os preconceitos a Alma, deixando que as máscaras que sempre utilizamos caiam por terra, doa a quem doer.

É destruir o que durante vidas viemos construindo, achando que as muralhas que nos cercam são as que vão nos proteger dos nossos maiores inimigos. E quando nos vemos cercados por altas e fortes muralhas, concluímos que nosso maior inimigo está dentro de nós, mais protegido que cada um de nós. E de nada adianta empunhar poderosas armas de destruição, uma vez que o que devemos destruir é aquilo que acreditamos ser, para que a liberdade do espírito se faça presente, e voe liberta.

Preferimos prender nos nós da garganta as palavras que muitas vezes deveriam ser ditas, mas nos curvamos diante de nossa mediocridade evolucional e as engolimos.

Preferimos esconder as lágrimas que brotam do mais intimo do nosso sentimento, para que nos vejam como fortes, indestrutíveis, infalíveis. E ao mesmo tempo preferimos buscar respostas imediatas a ter que refletir sobre determinadas coisas, só pra mostrar que sabemos, mesmo que superficialmente. Buscamos ter idéias formadas sobre tudo, mesmo que de forma rasa e sem qualquer tipo de embasamento.

E assim vamos nos transformando naquilo que não somos, nos afundando em falsas palavras, atitudes e sentimentos. Mas isso causa aos outros uma sensação de sempre estarmos senhores da situação.

Não que sejamos mentirosos, mas chegamos com a repetição desse tipo de atitude a uma situação em que já nos encontramos perdidos daquilo que realmente somos, e as nossas falsas atitudes passam a ser a nossa verdade, a ponto de esquecermos quem realmente somos, perdendo nossa essência.

E com o passar do tempo, nos distanciamos de nós mesmos, e um vazio frio e úmido passa a nos envolver, e nossos dias se tornam tristes, e nossas amizades vazias, pois nós nos enterramos em falsidades conceituais para parecer agradáveis aos outros, esquecendo de nossa verdadeira essência: O Amor. E daí não adianta ficar chorando baixinho, sentindo saudade de nós mesmos, de nossa essência divina.

Sejamos nós mesmos, autênticos e firmes em nossos objetivos.

Certamente muitos se afastarão de nós, pois não seremos mais convenientes para eles;

Mas outros tantos se aproximação, pois verão que somos simples, sinceros, e nossa essência divina irá brilhar, pois que seremos aquilo que realmente sempre fomos: Puro Amor.

22/11/2005
--
Fernando Golfar


Deixe seu comentário

Seu nome:
Seu e-mail:
Mensagem:

 
Atenção: Sua mensagem será enviada à lista Voadores, onde após passar pela análise dos moderadores poderá ser entregue a todos os assinantes da lista além de permanecer disponível para consulta on-line.































Voltar Topo Enviar por e-mail Imprimir