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>> Colunistas > Fernando Golfar Esperar não é preciso. Viver é preciso. Publicado em: 15 de setembro de 2007, 18:29:02 - Lido 2324 vez(es) Se analisarmos, não temos a certeza do amanhã existir. E se estaremos aqui, caso ele exista. Existe uma grande probabilidade dele existir e nós, materialmente, não. Porém, acabamos sempre deixando decisões, gestos, atitudes, sempre para amanhã, pra depois. Temos um dia de cada vez, mas teimamos sempre em contar com os dias seguintes para iniciar a transformação, A mudança, o primeiro passo rumo a tudo isso. Muitos de nós acabamos deixando o tempo passar, E não expressamos o real sentimento que temos Por aqueles que nos cercam, sejam eles nossos pais, nossos filhos, nossos amigos. Amar hoje em dia parece ser cafona, ser antigo. Ser romântico então, nem pensar. Isso é sinônimo de gente pegajosa, grudenta... Não me chame de Meu Amor.. Alguém pode ouvir.... E se você me ama, finja não me amar... ou ao menos não demonstre isso na frente dos outros, pois te torna fraco, vulnerável, antigo... Somos rápidos em entoar mantras, preces, orações, mas deixamos sempre pra depois o entendimento deles, pois falar, orar, vibrar verbal e mentalmente nos consola. Mas devemos lembrar que tudo isso nada vale se não estiver lá dentro do nosso coração, passando antes pelo crivo do discernimento e da razão. Quantas preces foram verbalizadas, quantos mantras entoados, enquanto nosso pensamento estava distante e nosso coração endurecido, petrificado... sem sentir o que se fazia? Procuramos sempre estar nos bastidores da vida, Nos esquecendo que a vida é vivida no palco, mesmo que as luzes incidam sobre nosso rosto e muitas vezes nos ofusquem a visão. Nesses momentos, devemos fechar os olhos E sentir o que a vida esté nos dizendo. E quando as luzes se apagarem por complero, já estaremos habituados a agir, a caminhar com os olhos fechados. Lamentamos a todo instante que nossa vida é curta. E que o tempo passa muito rápido, E que as tarefas são muitas E que os fardos são pesados. Mas acabamos agindo sempre como se a vida fosse inesgotável, e que as tarefas podem ser deixadas pra depois, e que os fardos não são nossos, achando assim que enganamos algo ou alguém. Realmente. Enganamos a nós mesmos. As vezes postergamos a oportunidade de sermos generosos, autênticos, esquecendo que, de repente, quando formos. já ser tarde demais, e a espontaneidade ter ido embora. Deixamos sempre pra depois, o ato do perdão, do reconhecimento, e preferimos ficar com os ódios e os rancores dentro de nós, por tempos, para um dia, quem sabe poder perdoar e se livrar do peso. Daí, esse ato pode ser tardio, e os sintomas serem difíceis de se resolver.. Como se o ódio e o rancor fossem como vinho, que vão se melhorando em tonéis de carvalho. Ledo engano. Esperamos sempre para passar adiante Aquilo que aprendemos, por nos acharmos incopetentes, inabilitados, despreparados... Mas sabemos que isso é apenas uma grande desculpa para se eximir de responsabilidades. De que adianta ler todos os livros, ver todos os filmes, e se aprofundar em temas que morrerão conosco, por covardia de passa-los adiante e, talvez, sermos questionados por nossas verdades não serem tão sólidas quanto pensávamos? Deveríamos parar de esperar, lembrando sempre que Quem espera se cansa, não alcança, E que o tempo é o agora, E que a oportunidade é essa, E que fugir de nada auxiliará Na jornada evolutiva atual. Dedico esse texto ao meu amigo de jornada Toninho Andrade Fernando Golfar, 10/10/2005 – 18:35 -- Fernando Golfar
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